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gcobain
— Ser Soberano
Published:
2011-04-24 22:29:08 +0000 UTC
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Description
O ridículo pede permissão para matar
Ao seu querido deus inventado.
A sua cabeça está prestes a desabar,
Suportando tamanho peso criminoso.
É minúsculo, é ignorante, pobre mosquito.
As mãos sujas agarram a arma do crime,
E é visível a abismal fealdade do bicho
Naquele reflexo que não quer brilhar,
Que quer libertar a raiva aprisionada.
Está inevitavelmente presa ao assassino.
Não tarda até pisar a fedorenta areia
Onde não existe oxigénio, apenas podridão.
O ruído das palmas é a tristeza do crime aplaudido,
Torpes multidões sendentas de sangue inocente,
Merecendo a bela guilhotina sobre os seus pescoços.
O Corajoso, soberano e poderoso ser vivo
Avista o ridículo ser ambulante todo colorido,
Que tem sonhado cada gota de sangue perdida
Naquela seca areia espezinhada transpirando
Densas e turvas gotas de suor.
Não vale a pena a força,
Nem sequer um simples olhar,
Pois tudo cairá em vão
Num pequeno oceano de angústia.
Tortura, ignorância, estupidez.
Palavras perfeitamente combináveis
No obscuro espaço onde a injustiça
É a palavra-chave do homicídio.
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